Sobre a Liberdade de Pensamento e de Opinião
Aparentemente o direito à opinião é uma utopia ou pelo menos
é algo que assiste apenas a alguns privilegiados, a quem me atrevo chamar de iluminados
pela graça do direito ao pensamento individual. Triste é que alguns desse
iluminados nem capacidade de reflexão têm – umas autênticas nulidades do ponto
de vista do “sumo” que resulta das suas intervenções e uns simples medíocres
intelectuais, que vão “cuspindo” umas “larachas” que, por um milagre cada vez
mais comum, embora inexplicável do ponto de vista científico, vais convencendo
uns e outros…
Cada vez me convenço mais que sou ave rara, pois não engulo
trivialidades (favor ver sinónimos) e opiniões vazias de conteúdo. Devo
respeitá-las sim – pelo menos em alguns casos, mas não sou obrigada a engoli-las…
Como diziam os “Gatos Fedorentos”, “não como gelados com a testa”, nem faço
tenções de vir a comer.
Tenho-me apercebido que ser honesta no que toca à opinião sobre
algo, ou sobre alguém, deixou, ou talvez nunca foi – não tenho bem a certeza, de ser uma virtude. Como compreendo aquela
máxima de que para fazer inimigos basta dizer a verdade…
Farto-me de ouvir dizer que a população enferma de falta de
capacidade argumentativa e reflexiva, ora, quando uma voz se manifesta sobre
determinado assunto, surgem logo uma série de tentativas de controlo e de
contenção daquele que passa a ser um ato de insurreição.
Não se pode querer que as pessoas tenham uma opinião se
qualquer que seja a sua natureza, positiva ou negativa, ela acaba sendo alvo de
intolerância. Sim porque a opinião não tem de ser forçosamente negativa – tem apenas
de ser honesta e concordante com os nossos princípios morais, técnicos e
profissionais. Lamentavelmente muitas vezes um simples reconhecimento
ou comentário positivo a algo ou alguém, mesmo que fundamentado, não é bem
visto, podendo ramificar-se muito para além daquela que será a caixa limite do
razoável em termos de justificação para tal ato.
Aqui vai uma ideia: e que tal começarem a prescrever
opiniões??? Percebam que silenciar ou amordaçar a expressão de uma opinião individual
poderá ser um assalto à humanidade e à posteridade, pois grandes
pensadores e os seus frutos cognitivos
deram sustentação aos princípios que regem as sociedades atuais.
Continuarei a ser fiel a mim própria, louca, sincera e irritante,
pois sei que nessas característica, modéstia à parte, existe um certo
brilhantismo na minha forma de ser, que cativa poucos e afasta muitos, é
verdade, mas que me prende os pés à terra.
Ahhhh, e aos que me dizem para conter esta minha necessidade
de manifestar a minha opinião e os meus pensamentos, para não me “queimar” mais…
Meus caros, tenho este bronze por alguma razão e vou-me esforçando por
mantê-lo…
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